O conceito de blitzscaling surgiu, inicialmente, a partir de um livro do cofundandor do LinkedIn, Reid Hoffman, cuja teoria explora o crescimento ágil das organizações, sem serem acometidas por imprevistos nesse longo percurso. Para tanto, convém observar o método e quais são os desafios que implicam a adoção dessa metodologia.
Muitos planejamentos, no papel, são lindos e funcionais. Acontece que a prática pode ser uma verdadeira tormenta para os empreendedores em busca de novos resultados. Especialmente, quando problemas e desafios inesperados surgem no caminho.
É por isso que gostaríamos de discutir com você, ao longo deste post, o conceito de blitzscaling.
Como falamos acima, o método foi apresentado, inicialmente, pelo cofundandor do LinkedIn, Reid Hoffman.
Se você ainda não tem familiaridade com o blitzscaling, acompanhe-nos ao longo desta leitura e entenda como esse modelo pode ser aplicado na sua rotina e, assim, gerar um desenvolvimento sustentável para a sua organização!
O que é blitzscaling?
O termo blitzscaling teve origem na abordagem que o exército alemão empreendeu constantemente, ao longo da Segunda Guerra Mundial: o blitzkrieg — ação rápida e de efeito impactante.
Para o mercado, a ideia é basicamente a mesma: movimentar-se com agilidade para desenvolver a marca de maneira tão eficiente quanto veloz.
Resumidamente, assim, a ideia parece o sonho de todo empreendedor, não é? Especialmente, porque o blitzscaling já alcançou uma seleta lista de adeptos à prática, como:
- Apple;
- Google;
- Facebook;
- Amazon.
Compreensível, tendo em vista que são grandes marcas, que movimentam os seus respectivos setores de atuação. Sem falar no Vale do Silício — região da Califórnia onde se concentram os principais nomes corporativos da tecnologia, atualmente.
É claro que, na teoria, isso tudo parece lindo e promissor. Daí, a necessidade de verificar como funciona o blitzscaling na prática.
Qual é objetivo em aplicar o blitzscaling?
Assertividade, precisão e impacto são termos muito usados para associar o blitzscaling na rotina corporativa. Isso significa otimizar processos e todo o fluxo de trabalho, para:
- evitar desperdícios e prejuízos;
- minimizar a ocorrência de imprevistos e problemas.
Vale destacar, entretanto, que o blitzscaling também foca, durante essa transição, em:
- agilidade;
- impacto.
O blitzscaling se importa menos com os erros que vão acontecer de imediato.
O exército alemão, por exemplo, se preocupava menos com as baixas dos seus pelotões. O fim justificaria os meios aplicados, futuramente. E a ideia é similar em uma organização.
Só que, nesse caso, os erros identificados prematuramente vão sendo mitigados à medida que o blitzscaling é aplicado e evolui nesse processo.
É por isso que Hoffman, em seu livro sobre blitzscaling, destaca que esse processo deve ser planejado em etapas, para que as empresas consigam se organizar em meio a esse caos que é a ação imediata e sedenta por resultados em curto prazo.
A seguir, vamos destacar cada um desses pilares!
As etapas da metodologia blitzscaling
1. Família
No conceito de blitzscaling, a família é a sua base estrutural. Trata-se, portanto, da verificação do que vai nortear a estratégia da empresa.
Pode ser, por exemplo, um produto inovador do qual todos vão concentrar as suas energias em divulgá-lo.
Para o RH, seria o equivalente a construir e disseminar os componentes da cultura organizacional da empresa para novos departamentos e os colaboradores recém-contratados.
2. Tribo
É o processo em evolução, no qual o blitzscaling vai focar na expansão dessa atividade, agora visando um meio de escalabilidade.
Isso significa, por exemplo, o enfoque no aspecto financeiro da estratégia para que a ação permaneça sólida e funcional.
3. Vila
Agora, a ação já evoluiu e impactou um número massivo de pessoas. É nesse ponto que o blitzscaling prioriza a atenção à manutenção de todo o processo:
- ajustar o que fluiu com eficácia;
- resolver os problemas urgentes e prioritários;
- descartar as ideias que não funcionam e nem vão funcionar.
De acordo com Hoffman, é na etapa da vila que as empresas devem parar com as experiências.
O enfoque, agora, deve residir na execução do que pode seguir adiante para o sucesso do objetivo da organização.
Leia também: Gestão de metas: 5 passos para engajar a equipe e medir resultados
4. Cidade
O passo seguinte já é percebido quando as receitas cresceram e as metas foram alcançadas — e, quem sabe, ultrapassadas — e o objetivo é o crescimento.
Mas, assim como funcionaria a gestão de uma grande cidade, a visão dos gestores deve coincidir com a busca pela eficiência nos processos, sem perder a meta de crescimento.
5. Nação
Última etapa do blitzscaling, sua empresa tem o porte de uma “nação”, seguindo o paralelo criado por Hoffman. Isso significa que a empresa já pode considerar a ampliação de sua atuação, mas em escala interna.
O que isso pode significar: a indicação de líderes para as equipes, gerando autonomia para que todos foquem em um objetivo em comum, mas com eficiência em escalas menores para gerar um desenvolvimento sustentável e que acompanhe a gestão de riscos para a organização.
Como usar o blitzscaling na sua empresa?
É importante considerar que o conceito deve ter início com uma simples pergunta: qual é o objetivo da sua empresa? E, especialmente: essas metas e processos são atuais ou já estão datados e ultrapassados?
Essas respostas ajudam a compor uma estratégia eficiente, e lidando com todas as frentes (desafios, problemas e situações) que interpelam o caminho até o cumprimento dessa meta.
Depois, avalie o estágio em que a organização se encontra nos pilares do blitzscaling.
Às vezes, inadvertidamente os gestores podem estar na etapa da cidade, enquanto outras áreas ainda são consideradas vilas.
Essa uniformidade garante o crescimento harmônico para que todos dediquem a quantidade certa de:
- tempo;
- energia;
- recursos.
Algumas outras ideias para colocar o blitzscaling em prática:
- avalie os produtos e/ou serviços que o RH e a gestão podem se concentrar no desenvolvimento de impacto;
- dedique um aporte financeiro inicial de alto valor, já que as ações iniciais vão demandar boa dose de recursos;
- comunique-se com objetividade e transparência — interna e externamente. O foco deve ser a transmissão de mensagens concisas, que sejam facilmente absorvidas.
Quando posso considerar que a empresa aplica o conceito de blitzscaling?
Vale destacar que, em média, o blitzscaling só pode ser percebido como realmente implementado a partir de sua terceira fase.
Afinal de contas, é a etapa em que a empresa:
- já investiu pesado em sua estratégia;
- entendeu o potencial do modelo;
- gerenciou os riscos associados.
Sem falar nos acertos e pontos de melhoria, que já são mais evidentes.
Com o tempo, vai ficar mais nítido que o blitzscaling se resume na ação rápida, é fato, mas também na consolidação de que os seus gestores vão aprender a identificar oportunidades de negócio com rapidez — aprendendo, inclusive, a ir da teoria à prática em curtíssimo prazo.
Um exemplo para que isso fique bem esclarecido: a Amazon cresceu vertiginosamente, em meados dos anos 90, de uma empresa com 151 funcionários para uma megaestrutura com 7.600 colaboradores.
Para tanto, investimentos agressivos foram feitos para ampliar o alcance da marca.
Prejuízos iniciais foram diagnosticados, e dívidas enormes se acumularam, mas o retorno foi tão impactante quanto as perdas, equilibrando o processo até que Jeff Bezos — CEO da marca — consolidasse a Amazon no seu setor.
Só em 2016, o faturamento girou em torno de US$ 16 bilhões, mas os gastos giraram em torno de US$ 10 bilhões — e outros US$ 4 bilhões na quitação de dívidas.
Arriscado, mas com um efeito que se provou eficiente nessa situação em particular, e em tantas outras empresas como as que citamos no início do artigo.
E aí, ficou com alguma dúvida a respeito do que é blitzscaling? Compartilhe-as conosco, no campo de comentários deste post!
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